Cuca Roseta, Fadista Portuguesa

Cuca Roseta tem levado a mais tradicional canção portuguesa a palcos por todo o mundo, mas a sua casa é Cascais, “o lugar mais lindo do mundo, o mais especial”. 

Na sua cidade – Cascais, um lugar onde, como nenhum outro, ela afirma ter encontrado a sua paz. É aqui que, entre as digressões, Cuca Roseta dá à luz as suas maiores obras – os seus filhos e a sua música. É aqui, em locais como a praia do Guincho, “uma explosão de natureza, com mar, areia e montanha a perder de vista”, que vive os seus dias perfeitos. Em Cascais renova as suas energias para voltar a viajar pelo mundo e fazer o que está destinada a fazer: “simplesmente cantar”.

Cuca Roseta é uma das vozes mais conhecidas do Fado contemporâneo. 

Cuca Roseta – Bibliografia

Com o nome de nascença – Maria Isabel Rebelo do Couto da Cruz Roseta, Cuca Roseta nasceu em 2 de dezembro de 1981.

E falar de Cuca Roseta é falar de uma carreira que só tem um sentido: subir. Depois de inicialmente experimentar sons pop rock, incluindo algumas colaborações notáveis com a banda de rock portuguesa Toranja, Cuca Roseta cedo começou a tornar-se conhecida no mundo ferozmente competitivo do fado, cantando nas casas de fado de renome em Portugal. Com uma voz cristalina e tecnicamente irrepreensível, ‘Cuca Roseta’ depressa se tornou o nome na boca de toda a gente, à medida que a emoção começou a crescer em torno da “nova voz do fado”.

Cuca Roseta é um dos fadistas mais aclamados da atualidade, tendo começado a cantar fado aos 18 anos numa casa de Fados, depressa se destacou, e foi reconhecida pela sua voz e todo o seu talento. 

O grande passo foi dado logo no início, quando Gustavo Santaolalla (premiado produtor internacional, vencedor do Grammy e Óscar pelas trilhas sonoras de Brokeback Mountain e Babel) a ouviu em Lisboa. Gustavo viu em Cuca Roseta tantos talentos artísticos que imediatamente a convidou para gravar o seu primeiro disco. O disco com o mesmo nome foi um grande sucesso e rapidamente posicionou Cuca Roseta na linha da frente do Fado.

Se tudo o que fez no seu primeiro disco foi brilhante, Cuca Roseta volta a surpreender com o seu segundo disco, intitulado “Raiz“, expandindo o seu universo e tornando-se compositora e letrista na maioria das músicas. O caminho de Cuca Roseta foi afirmado desde a primeira hora até um processo de descoberta individual, sempre disposta a procurar em cada novo disco, em cada nova oportunidade, de se exibir a um público que, por sua vez, imediatamente se rendeu a Cuca Roseta.

No Brasil foi apresentado o enquadramento do seu terceiro álbum. Riû, produzido por Nelson Motta – compositor e jornalista que foi o grande responsável pelo lançamento da carreira de Marisa Monte e colaborador próximo de Elis Regina – o que representa que alguém, de fora, se apaixonou pela voz de Cuca Roseta.

Motta, foi seduzido pelo fado particular de Cuca Roseta e decidiu dar-lhe o mundo. Para Cuca Roseta, Riû foi um momento especial para namorar o Brasil, reunindo autores e convidados tão diferentes como Ivan Lins, Jorge Drexler, Bryan Adams, Djavan, Sara Tavares ou Jorge Palma. Mas isso não apagou o seu passado recente e a cantora também assinou várias letras e duas composições.

Em 2018 lançou o seu último álbum, Luz (“Light“). Nem o título, nem a capa enganam. A “luz“ de que fala Cuca Roseta no seu álbum pode facilmente ser lida como uma alusão à lâmpada que ilumina o seu caminho, a uma luz interior que lhe dá conforto e segurança suficiente para fazer deste álbum um novo momento de revelação para Cuca Roseta, aquela que vai mais longe na definição do seu fado.

Na bela e iluminadora imagem escolhida para a capa vemos tudo isso: a força afirmativa que a Luz traz, a segurança e a paz que existem nas suas escolhas, e uma elegância no canto nunca antes tão pronunciado. E tal é a vontade de estar dentro desse disco, dentro dessas canções, ser invadido pelo calor dessa Luz que dá sentido aos dias.

Se dificilmente se explica o sucesso de Cuca Roseta, compreende-se facilmente, porque ouvir Cuca Roseta é viver as mais fortes emoções e tradições de um fado, que, com ela, vão mais longe. O sucesso de toda esta viagem e a voz da Cuca Roseta levaram-na a percorrer mais de 40 países, espalhados pelos quatro cantos do mundo, assim como pelas mais prestigiadas etapas nacionais. Cuca Roseta já atuou em vários países incluindo quase toda a Europa, Brasil, Índia, China, Estados Unidos, Israel, Geórgia, Venezuela, Arábia Saudita, Angola, Marrocos, Moçambique, Chile, Equador, entre muitos outros.

Cuca Roseta é hoje uma das mais destacadas cantoras a nível nacional e internacional, sendo cada vez mais um fenómeno artístico e um dos maiores e mais reconhecidos e intérpretes do Fado.

Cuca Roseta – História e Destaques

Entre os muitos que ficaram encantados com o seu canto comovente estava Gustavo Santaolalla, um produtor argentino que mora em Los Angeles com vários Grammy e com dois Óscares. Depois de ver Cuca Roseta a atuar no Clube de Fado, convidou-a imediatamente para gravar um disco em conjunto. Com Santaolalla no comando, O primeiro álbum homónimo de Cuca Roseta foi lançado e aclamado pela crítica, conquistando instantaneamente o coração e a mente do público. O disco foi certificado ouro, e Cuca Roseta depressa começo a encher o seu passaporte com carimbos de viagens com apresentações em países de todo o mundo.

Em 2013, Cuca Roseta queria ter um papel mais ‘de mãos dadas’ e assumiu total controlo criativo sobre a maioria das faixas de ‘Raiz’, o seu segundo álbum de canções originais. Desta vez, Mário Barreiros, figura de referência da música portuguesa, foi convidado para ser o produtor. ‘Raiz’ mais uma vez encantou os fãs e, além disso, permitiu que Cuca Roseta se apresentasse em todos os principais palcos nacionais, além de avançar na sua carreira internacionalmente, principalmente com seus shows no Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) e no Brasil. Ao longo do caminho, Cuca Roseta conseguiu dividir o palco e o dueto com nomes famosos como Djavan, Ana Moura, David Bisbal e Stewart Sukuma.

Em 2015 foi lançado o terceiro álbum de canções inéditas de Cuca Roseta, com créditos de produção do lendário Nelson Motta, figura de destaque da música brasileira nos últimos 50 anos.

Em 2020 ocorreu o Festival de Fado 2020 – transmissão ao vivo para a América Latina, onde Cuca Roseta participou.

Assim, no dia 06 de outubro de 2020, a Casa-Museu Amália Rodrigues foi o palco da edição 2020 do Festival de Fado, com a participação dos fadistas Cuca Roseta, Fábia Rebordão e Sara Correia. Este evento especial ocorreu para comemorar o 100 º aniversário da grande Amália Rodrigues.

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